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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

PAREDE DE PET-A-PIQUE E CALFITICE NA CASA DE CUPIM.


Prosseguindo os trabalhos na Casa de Cupim, iniciamos a cobrir a parede de bambu e garrafas de plástico, no processo conhecido como pau a pique no nosso caso "Pet-a-pique". 

A receita da massa é a do calfitice, sem o cimento, fibras (muita fibra mesmo), cal e argila e adicionamos um aditivo feito com cactos do cerrado, experimento preparado pelo Diego, que deu mais liga a massa.
Ai está a parede pronta.




CICLO DE CHUVAS QUASE NO FIM, QUE VENHAM AS ÁGUAS DE MARÇO PARA ENCERRAR O VERÃO


Após longos quinze dias de chuvas, que nos deixou "ilhados", enfim uma trégua, mas, já estamos ficando com saudades, do belo espetáculo que as águas nos proporcionaram e dos seus habitantes distintos, dentre eles os peixes que desfilavam na porta da Casa de Cupim (foto ao lado e abaixo).



 


Vendo o sol se debruçando da porta da Casa de Cupim após um dia intenso de chuva.















Nuestro hijo Dieguito.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

INSTANTES CONTÍNUOS NA CASA DE CUPIM...

Pessoal, nos demos conta que estamos em uma grande ilha ao nos lançarmos a fazer bioconstrução, não é nada fácil.
Vários são os problemas e geralmente não temos a quem recorrer pra pedir ajuda.  
Contatamos vários pedreiro e mestres de obras para alguns afazeres tipo piso queimado, e outros, e concluímos que não poderão te ou nos ajudar caso tenha duvidas. 
Eles nos acharam "gente diferente", não acreditam e nem se arriscam nesta possibilidade, tipos excêntricos devem ser esse povo, comentam.
Mas para aqueles que querem explorar esse território e aos bravos que ainda persistem, desejamos muita, mas, muita força de vontade. 
Tenha sempre em mente que é uma obra com um ritmo totalmente diferente das casas convencionais. 
É preciso viver e sentir a obra, e não querer que ela acabe o mais rápido possível.
Da forma que estamos realizando a obra, em alguns momentos ela é também educacional.
Por isso estamos bastante motivados com a possibilidade de estendermos o pouco conhecimento que adquirimos para outras pessoas que nunca fizeram essas técnicas e práticas, repassar o conhecimento e incentivar.
O final do ano passado e o início deste ano, foram muito cansativos, de muito trabalho e reflexão, mas que valeram a pena, conseguimos adiantar um pouco mais a obra e devagar estamos concluindo a primeira fase.

A chuva nos deixou um pouco preguiçosos, reflexivos, pois não tem como sairmos para continuar os trabalhos, ficamos analisando o ritmo e a constância das águas em nosso pequeno pantanal, que influenciaram em muito a nossa vida. 
Segue então alguns instantâneos que ocorreram ao redor da Casa de Cupim. 




A Garça Maria-faceira, deu sua graça logo cedo.















O Bem-te-vi e seu filhote faminto saboreando uma rã no cambará.



Smirha após o banho de sol.



O beijo no hibisco de uma borboleta.


Baguera em hibernação.




O papagaio e o pepino



Mirando la sierra madre y la punta de la colina después de la lluvia.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

INICIANDO O TETO DE CALFETICE NA CASA DE CUPIM...


Calfetice é uma mistura de barro, cal, cimento e fibra vegetal utilizada como revestimento de paredes, superfícies e estruturas (bambu, madeira).
Ganhou grande desenvolvimento na Colômbia, onde é muito comum a aplicação em construções com bambu. A massa de calfetice serve para revestir esteiras de bambu que são aplicadas nas paredes ou cobertura. Corantes tipo pó xadrez ou diferentes tipos de terra possibilitam variadas cores.

Receita:
9 partes de terra arenosa (70% areia)
1 cimento
2 cal
5 a 10% de fibras cortadas (5cm)
5 partes de água (consistência pastosa)
(Mistura utilizada pelo Engenheiro Colombiano Luis Carlos Rios Gallego).

Na Casa de Cupim, nossa armação do telhado é de uma tela feita para manilhas, que vamos revestir com tela fina e sacos de juta adquiridos no comércio local.